Dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) divulgados em maio confirmam estagnação nas taxas de analfabetismo funcional no Brasil: 29% da população entre 15 e 64 anos não compreende textos simples ou realiza operações numéricas básicas, algo que poderá ser revertido, também, com o uso da Bíblia.
De acordo com o levantamento, o alfabetismo funcional entre pessoas de 50 a 64 anos chega a 51%. Mas, como a Bíblia pode ser usada para reverter esse triste cenário?
Igrejas como espaços de transformação
Comunidades religiosas têm se tornado centros alternativos para alfabetização de adultos. O pastor Jorge Souto, da Comunidade Evangélica Jesus Vive (RJ), relata desafios:
“Uma irmã desistiu da Escola Bíblica ao receber tarefa escrita. Ela aprendia oralmente, mas a exigência a constrangeu”. Souto defende adaptações metodológicas: “Áudios, dramatizações e Bíblia falada são essenciais. Alfabetizar integra evangelização, educação e ação social” (Romanos 15:7).
O teólogo Atila Ribeiro, diretor do Instituto Teológico Dünamis, enfatiza:
*”Toda Escritura é inspirada e útil (2 Timóteo 3:16), mas pressupõe compreensão leitora. Incluir adultos recém-alfabetizados é ato de justiça do Reino”*. Ele cita 1 Coríntios 12:22-25 sobre valorizar “membros menos honrados” através de recursos orais e visuais.
Impactos práticos
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Pastor Francisco Rosa (Igreja Batista Missionária/RJ): “A leitura funcional gera criticidade e liberdade. É o primeiro passo para expandir a existência” (1 Timóteo 4:13).
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Pastor Fábio Andrade (Igreja Batista Resgate/ES): “É uma afronta haver analfabetos na igreja sem ações concretas. A Bíblia abre portal para nova intimidade com Deus”.
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Pastor Marcos Soares (Assembleia de Deus/RJ): “9 milhões de brasileiros são analfabetos totais. Políticas públicas aliadas às igrejas acelerariam mudanças”.
O pastor Eder Reis (Assembleia de Deus/RJ) compartilhou uma experiência marcante:
“Uma senhora chorou ao ler seu primeiro versículo: ‘Antes, ouvia Deus pela boca dos outros. Agora, leio Sua voz com meus olhos'”.
Contexto nacional
Pretos e pardos permanecem desproporcionalmente afetados, refletindo desigualdades históricas. Especialistas apontam que projetos eclesiais combinam:
Acolhimento comunitário
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Adaptação pedagógica
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Restauração da dignidade
conforme orientação de 2 Timóteo 2:24-25 sobre ensino paciente e manso.
Enquanto indicadores nacionais permanecem críticos, iniciativas de alfabetização bíblica demonstram potencial duplo: acesso à Palavra e emancipação cidadã, transformando a leitura em encontro pessoal com o texto sagrado.
Fonte: Gospel Mais